Capítulo 231
Mason Hart
A ilha inteira respirava baixo. O mar vinha e ia com a disciplina de um velho soldado; as luzes externas estavam no padrão que programei — rotas limpas, sombras previsíveis, nenhuma surpresa. Conferi as câmeras uma última vez. Lavínia tinha fechado o circuito, Ruth já estava no quarto de hóspedes, Albert tinha pego o primeiro barco da noite. Grace dormia no quarto ao lado, o monitor no meu bolso transmitia o compasso calmo do seu coração. Tudo no lugar.
Fechei a porta do nosso quarto sem fazer barulho. A noite entrava pela varanda em faixas suaves. Violet estava de pé, de costas para mim, junto à cortina. A lua recortava o corpo dela em prata: a curva dos ombros, a linha da coluna, o quadril sob o tecido leve. Virou o rosto por sobre o ombro e sorriu daquele jeito que ela sabe que me desarma.
— Feche a cortina — disse, manso, como quem passa a mão numa brasa. — E tire toda a roupa.
Girei a chave. O estalo do trinco foi uma sentença. Encostei as c