O calor do meio-dia começava a domar a brisa leve que soprava da praia, quando Bruna, Gabriela e Luca se encontraram no pequeno café à beira-mar, onde a madeira gasta dos bancos e o cheiro de frutas maduras criavam uma atmosfera de dolce far niente que parecia moldar cada instante naquela vila esquecida do mundo.

Bruna mexia lentamente no canudo de seu suco de manga, distraída, com os pensamentos ainda afundados na lembrança do olhar de Jae-Hyun na noite anterior — aquele instante em que, mesmo com tanta gente ao redor, só existiram eles dois, separados por centímetros e pela muralha invisível de tudo o que não ousavam dizer.

Foi Luca quem quebrou a contemplação silenciosa.

— E se amanhã a gente fizer algo diferente? — perguntou, a voz carregada daquele entusiasmo natural, como se cada ideia sua fosse uma aventura esperando para acontecer.

Gabriela, que até então se ocupava em passar protetor solar nas pernas longas, levantou o olhar, semicer