O vento que soprava da varanda invadia o quarto com suavidade, balançando as cortinas claras como véus etéreos que pareciam proteger aquele pequeno templo que Bruna e Jae-Hyun construíam noite após noite, gesto após gesto, respiração após respiração.
Ela estava deitada de lado, com as pernas entrelaçadas nas dele, o rosto aninhado contra o peito quente, ouvindo o coração dele bater em um compasso que agora conhecia tão bem, como uma melodia que se aprende sem perceber.
Jae-Hyun passava devagar os dedos pelos fios úmidos do cabelo dela, enquanto o olhar se perdia na penumbra do quarto, onde a lua desenhava silhuetas delicadas nas paredes de madeira.
Bruna ergueu o rosto, repousando o queixo sobre o peito dele, e o fitou com aquele olhar curioso, sempre ávido por mais — não apenas por mais do corpo dele, mas pelo que ele guardava escondido, pelo que ainda não tinha dito.
— Em que está pensando? — perguntou, de