O toque de Gabi ainda ardia na pele de Bruna como uma marca invisível, quente e vibrante, mesmo depois que ela se afastou suavemente, deslizando os dedos pela coxa exposta da amiga, em um gesto de ternura misturado com provocação.
Mas, por dentro, Bruna sentia um redemoinho que não conseguia nomear. O desejo ali, pulsando, presente como uma maré que sobe aos poucos, impiedosa. E, ao mesmo tempo, a hesitação, uma delicada resistência que ela ainda não sabia quebrar completamente.
Ela olhou para Gabi, que sorria com aquele brilho malicioso e livre nos olhos, tão confortável em sua própria pele, tão entregue à noite, à música abafada ao longe, à embriaguez do vinho e da liberdade.
Bruna, por outro lado, percebeu-se ainda meio envolta em véus — de memórias, de limites que não queria violar antes do tempo, de um respeito silencioso por si mesma, por seu próprio processo.
Acariciou a perna de Gabi com suavidade, deslizando a mão pela pele ainda úmi