O som das ondas quebrando suavemente contra as pedras fazia o cenário parecer irreal, quase uma pintura impressionista que ganhava vida com cada reflexo dourado do sol sobre a água. Jae-Hyun havia acordado cedo, como fazia todas as manhãs desde que chegara àquela vila esquecida pelo tempo, mas naquela em especial, havia um ímpeto diferente em seu corpo, uma inquietude que nem mesmo a prática rigorosa de ioga ao amanhecer foi capaz de apaziguar.
Fechou o Hanok — o pequeno restaurante ainda em final de ajustes — e seguiu pela trilha estreita que serpenteava entre os coqueiros e levava até a enseada. Levava consigo um café forte, em um copo térmico, e caminhava descalço sobre a areia ainda fria, permitindo que a textura fina e úmida lhe acariciasse a planta dos pés.
Ao emergir na curva que revelava a pequena baía, seu olhar se perdeu imediatamente na cena diante dele.
Bruna.
Ali, sobre a prancha, erguida contra o céu azul sem nuvens, o corpo cur