A tarde avançava lentamente, o sol se infiltrava através das copas espessas das árvores, pintando a clareira com manchas douradas e quentes. O som da cachoeira, até então tão presente, parecia suavizar-se, como se o próprio tempo ali também soubesse desacelerar.
Bruna, ainda imersa na piscina natural, flutuava de olhos fechados, deixando-se embalar pela correnteza suave, enquanto seus pensamentos vagavam sem rumo. A água fria acariciava sua pele, contrastando com o calor úmido da mata que a envolvia. De longe, percebeu Gabi e Luca se afastando, mãos entrelaçadas, risos abafados, como quem conhece bem o caminho que leva à perdição.
Eles desapareceram atrás de uma formação rochosa, onde a água escorria delicadamente pelas pedras e formava pequenas poças cristalinas. Era um espaço quase secreto, protegido por samambaias e cipós pendentes, uma caverna aberta ao ar livre, onde o mundo lá fora parecia não existir.
Bruna permaneceu na