O som da água despencando das pedras preenchia a clareira, um manto contínuo de frescor e mistério. O aroma úmido de musgos e folhas impregnava o ar, enquanto o sol se infiltrava em feixes dourados pelas copas das árvores, criando manchas móveis de luz sobre as pedras lisas.

Bruna estava sentada na borda da piscina natural, os pés submersos na água fria, os braços apoiados sobre os joelhos dobrados, observando a superfície plácida que se agitava suavemente com a correnteza. Ainda sentia o corpo latejante, o peito apertado pelas imagens que, minutos antes, haviam se impresso com força em sua mente — o amor desavergonhado de Gabi e Luca, os gemidos abafados, o entrelaçar febril de corpos molhados contra a pedra fria.

Fechou os olhos, respirando fundo, tentando acalmar o turbilhão que a atravessava: desejo, inveja, medo.

Um estalo seco de galho partindo sob o peso de passos a trouxe de volta. Ela ergueu a cabeça, surpresa, e o viu.

Jae-Hyun emer