A noite seguinte caiu densa.
Não havia vento. Nem estrelas.
A lua era uma lâmina de prata afiada sobre o céu negro, e cada criatura da floresta parecia prender a respiração.
Selena atravessava o caminho de pedras com um capuz sobre a cabeça.
Não para esconder quem era.
Mas para atrasar o momento em que teria que olhar nos olhos das mulheres que um dia foram suas irmãs.
Atrás dela, Rurik caminhava em silêncio. Tenso.
Sem sua forma lupina.
Ainda assim, tão letal quanto.
O Círculo Alto era um anfiteatro natural esculpido em pedra, onde as bruxas mais velhas conduziam julgamentos, rituais e execuções.
Hoje, as três coisas pareciam possíveis.
As anciãs já estavam posicionadas, sentadas nos tronos erguidos em raízes entrelaçadas, como se a floresta tivesse se dobrado para servi-las.
O centro do círculo estava vazio, exceto por um pedestal de mármore — e uma tigela de sangue fresco.
Quando Selena cruzou a borda mágica, sentiu.
A barreira.
Estava cercada.
Selada.
Rurik rosnou baixo ao percebe