A luz da manhã atravessava as janelas altas da biblioteca com um brilho quase tímido, como se soubesse que invadia um espaço sagrado. O ar ali sempre parecia mais denso — não de poeira, mas de histórias, de lembranças e, agora, de decisões.
Estávamos todos ali.
Eu, Alex, Gabi, Lord, Liz — ainda pálida, mas firme ao lado dele —, o novo Alpha da matilha de Gabi e até mesmo o pai dela, com seu jeito imponente e tranquilo. O lugar inteiro parecia respirar com a tensão do que viria a seguir.
No centro da mesa redonda, repousava a adaga.
Ela ainda carregava a aparência de um artefato antigo, lascado, com rachaduras correndo pela lâmina como veias mortas. Mas, ao mesmo tempo… havia algo vibrando em silêncio dentro dela. Algo que parecia pedir por reparo. Por redenção.
— A verdade é que não temos certeza de como restaurá-la — admiti, com um peso estranho na voz. — Tudo que sabemos é que ela foi corrompida… e que isso rompeu os laços com os anciões. A magia deles sumiu com ela.
Gabi inclinou-s