Zoe girava lentamente entre os tecidos das barracas, parando de vez em quando para cumprimentar alguém, para sorrir. A luz pegava seu cabelo de um jeito que me fazia esquecer como respirar. Ela estava usando uma túnica longa, esvoaçante, em tons de vinho e cobre, presa na cintura com um cinto de couro fino. Meia-alfa, meia-magia, totalmente minha.
— Vai ficar babando muito tempo ou posso levar isso pra ela? — a voz da Gabi me cutucou, me tirando do transe. Ela segurava uma taça de cerâmica fumegante com algo que cheirava perigosamente a canela e maçã.
— É pra mim — respondi, tirando a taça das mãos dela. — E eu não babo. Eu admiro.
— Hm. Claro. Admiração com olhos de lobo faminto — Gabi comentou, revirando os olhos e sumindo na multidão antes que eu retrucasse.
Caminhei até Zoe devagar, como se qualquer passo mais brusco pudesse quebrar aquele momento, aquele dia. Ela me viu se aproximando e abriu um sorriso tão sereno que eu soube que nunca mais poderia estar em outro lugar. A taça q