A nova cabana estava quase pronta. Erguida com troncos firmes e reforçada com pedras, ficava próxima ao rio, de onde se ouvia o som da água correndo noite e dia. Aurora escolheu cada canto. O teto, o chão, o ponto da fogueira interna. Tudo. Era o primeiro espaço dela. Só dela.
Kai ajudava do jeito que podia. Pegava pedaços de madeira, trazia cordas e fazia perguntas sem parar. Aurora sorria para ele como nunca tinha sorrido em tempos de guerra.
— A gente vai morar só nós dois aqui? — ele perguntou.
— Só nós dois, filho.
Damon se aproximou enquanto ela colocava as últimas pedras de apoio nas laterais. O sol já começava a sumir, pintando o céu com tons laranjas. Ele estava suado, com o peito à mostra e o olhar tentando parecer casual.
— É uma boa cabana — disse, olhando ao redor.
— É. — Aurora respondeu sem levantar os olhos.
Ele ficou em silêncio por um momento, e então se aproximou mais.
— Eu pensei… j