O sol mal havia surgido no horizonte quando os primeiros passos da nova alcateia foram dados. O local escolhido ficava além do rio Serpeante, em uma clareira abrigada entre duas montanhas. A terra era fértil, o chão firme, a água doce. Era um lugar onde tudo podia recomeçar — inclusive as feridas que ainda sangravam.
Aurora foi a primeira a pôr os pés ali.
Kai corria atrás dela, rindo, carregando um pedaço de madeira que fingia ser espada. Os olhos dourados do menino brilhavam mais do que o próprio céu, e isso bastava para ela manter os pés firmes na terra.
— Aqui, mamãe? Vai ser aqui nossa nova casa?
Aurora se agachou, passou a mão na terra e assentiu.
— Vai ser aqui, filho. Onde ninguém pode nos empurrar de penhascos, nem apagar quem somos.
Damon chegou pouco depois, seguido de Othar e mais alguns guerreiros. Olhou ao redor e assentiu em silêncio. Mas seus olhos não estavam no terreno. Estavam nela.
Aurora nã