A Noite dos Desejos e das Sombras
O sangue da lua ainda fervia em mim.
Naquela noite, mesmo que os portões da mansão estivessem trancados e os guardas atentos, algo em mim se agitava como se eu estivesse à beira de um abismo.
Meu corpo ainda ardia da cerimônia.
Minha pele ainda carregava as marcas do sangue de Kael — da escolha, do pacto, do prazer quase sagrado que tivemos ali, diante da alcateia.
Mas agora…
sozinha nos meus aposentos, sentia o eco da ligação.
Ele estava vindo.
E quando a porta se abriu, sem aviso, foi como se o desejo vestisse garras e entrasse no quarto.
Kael.
O peito nu, coberto de suor.
Os olhos dourados como brasas.
E o lobo dele… Lyrran… tão próximo da superfície que senti o cheiro da selvageria no ar.
— Não consigo ficar longe — ele murmurou, a voz rouca. — Desde que me marcou, eu sinto… tudo. Cada pensamento. Cada batida do seu coração.
— E o que sente agora?
Ele avançou.
As mãos nos meus quadris.
A boca colada à minha orelha.
— Que preciso provar você de nov