Entre o Alfa e o Supremo
Acordei com a pele Ășmida de suor e a marca no peito ardendo em silĂȘncio.
NĂŁo era dor.
Era chamado.
Kael rugia Ă distĂąncia.
Selyra andava em cĂrculos dentro de mim.
E no fundo, eu sabia: Marco estava vivo.
Mas nĂŁo por muito tempo.
Levantei devagar. A mansĂŁo estava silenciosa. O quarto em que Rafael me havia deixado era amplo, envolto em cortinas de veludo vinho, mĂłveis escuros e espelhos antigos que pareciam conter sussurros do passado.
Fui até a janela. A floresta estava coberta por uma névoa azulada.
Nada ali parecia mais real.
Ou talvez⊠real demais.
â VocĂȘ sonhou com ela, nĂŁo foi?
Virei rĂĄpido.
Rafael estava encostado na porta. Cabelos negros, soltos, Ășmidos. Usava uma camisa semiaberta e calça escura. Os olhos verdes me atravessaram como lĂąminas suaves.
â VocĂȘ sabia? â perguntei, com a voz embargada.
Ele entrou no quarto. Cada passo dele parecia conter um século de conhecimento e poder.
â A Rainha Vermelha sempre aparece quando a Luna começa a mudar.
Ela n