Onde a Honra Sangra
O tempo não passava.
Ou talvez passasse rápido demais, arrastando Marco pelo chão frio da caverna como uma lembrança que se recusa a morrer.
Kael respirava com dificuldade dentro dele, enjaulado por uma magia antiga.
Cadeias de energia negra o prendiam, enfraqueciam, impediam a transformação completa.
E Tenebris…
Tenebris sorria.
— O grande Alfa… arrastado como um cão ferido.
Marco tentou se levantar, os joelhos sangrando, a pele marcada por garras e palavras de maldição. Mas sua voz ainda era forte:
— Eu… ainda não… caí.
Tenebris se aproximou. A aura em torno dele era de puro desequilíbrio. Um lobo corrompido pela sede de controle.
— Você caiu quando a amou.
Marco fechou os olhos.
Alice.
O nome dela era uma lâmina doce dentro do peito.
Kael se remexeu.
Não acabou, Marco.
Não enquanto ela respirar.
Lute.
Por ela.
Por nós.
— Você acha que esse amor vai salvá-lo? — rosnou Tenebris. — Ela é a ruína, Marco. A herdeira da quebra.
Se ela viver… todos nós morreremos.
— Pr