Ecos do Luar
A mansĂŁo repousava sob a noite densa, cercada por ĂĄrvores antigas que sussurravam segredos ao vento. As janelas refletiam o brilho prateado da lua, mas por dentro, tudo parecia mais escuro do que nunca. Havia uma tensĂŁo no ar â algo invisĂvel, mas tĂŁo presente que me fazia sentir o peso da respiração de cada um.
O fogo da lareira crepitava, projetando sombras dançantes pelas paredes. EstĂĄvamos reunidos no salĂŁo principal: Rafael encostado Ă parede, o olhar penetrante e firme; Marco, prĂłximo Ă janela, observando o luar com a mandĂbula travada. Eu, sentada diante do fogo, sentia o calor na pele, mas o frio dentro de mim parecia impenetrĂĄvel.
As palavras de MaĂra ecoavam em minha mente â âHĂĄ um elo entre vocĂȘs trĂȘs... a chave ou a ruĂna.â
Eram como correntes invisĂveis, apertando-me o peito, lembrando-me de que nĂŁo havia escapatĂłria para o destino traçado pela Lua.
Rafael quebrou o silĂȘncio primeiro.
â Precisamos decidir o que faremos. â Sua voz era firme, mas havia nela alg