A ReuniĂŁo das Alcateias e o Chamado da Linhagem
Os primeiros raios do amanhecer tingiam o cĂ©u com tons de Ăąmbar e vinho. A mansĂŁo parecia respirar em silĂȘncio enquanto os ecos da noite anterior ainda ressoavam pelos corredores. Eu me vestia lentamente, sentindo a seda escorregar pela pele marcada, o corpo ainda carregando vestĂgios da presença de Marco. Ele me observava em silĂȘncio, encostado Ă parede, jĂĄ vestido com trajes escuros e formais, como se se preparasse para um julgamento, nĂŁo uma reuniĂŁo.
Rafael aguardava do lado de fora. Eu podia sentir a presença dele como uma sombra nobre e carregada de intençÔes. Ele nĂŁo invadira nosso quarto â talvez por respeito, talvez por estratĂ©gia. Mas sua energia pairava no ar como a de alguĂ©m que sabia o que estava por vir.
Ao sair, nossos olhares se encontraram.
â Dormiu bem? â ele perguntou, com um leve sorriso.
â Dormi... profundamente. â respondi, sem desviar.
Rafael nĂŁo reagiu, mas os olhos verdes cintilaram por um instante, como se tivess