No Brasil, o Éter não dorme.
Entre as linhas de poder que atravessam o país, duas antigas linhagens disputam, há séculos, o domínio sobre o invisível: a Casa Voss e a Casa Sato.
A Casa Voss, herdeira do Nóumena, detém a Vontade do Espaço.
São magos de contenção e equilíbrio, capazes de moldar fronteiras, suspender movimentos e redesenhar o próprio tecido da realidade.
O espaço, sob suas mãos, é tanto arma quanto refúgio.
Já a Casa Sato, surgida nas sombras do Oriente, especializou-se em algo mais sutil — e mais temido.
Manipulam o que chamam de Fluxos de Entropia, a arte de corroer o Éter dos inimigos.
Suas magias não destroem de imediato: enfraquecem, silenciam, contaminam.
Alguns dizem que o verdadeiro poder dos Sato não está em vencer uma batalha, mas em desequilibrar o adversário até fazê-lo cair sozinho.
Ambas fincaram suas raízes em São Paulo, disfarçando séculos de rivalidade sob a fachada de academias, institutos e fundações.
No bairro Liberdade, o ar ainda vibra com resquício