O corredor dos professores tremia sob o passo firme de Voss.
A energia que emanava dele oscilava como um campo elétrico à beira de colapso — viva, instável, difícil de ignorar.
Quem cruzava o caminho sentia na pele: algo estava fora de ordem.
Era domingo.
A Academia dormia num raro instante de silêncio.
Mas o Éter, onde Voss passava, permanecia inquieto.
“Claro que ela some justo hoje. E nem atende o telefone.”
O pensamento era impaciente — mas o tom, o tom era preocupação disfarçada.
“Se aqueles velhos idiotas já contaram pra ela antes de eu—”
Ele parou.
Sentiu.
A presença dela — suave, familiar.
No andar de cima.
Calma. Caseira.
Inacreditavelmente tranquila.
Subiu as escadas num impulso, os degraus estremecendo sob o fluxo da Vontade.
Parou diante da porta.
Três batidas curtas, ritmadas.
— Yaskara! — chamou, a urgência na voz destoando da quietude do domingo.
Do outro lado, silêncio.
Depois, passos leves.
A porta se abriu.
E Voss congelou.
Yaskara estava ali — pijama felpudo rosa, f