HEITOR AVELAR
Encaro o chão, sentando no sofá com um copo de whisky que deve ser o sexto em menos de quinze minutos enquanto a ansiedade domina cada célula do meu corpo.
O interfone toca, me fazendo levantar e o porteiro avisa que ela chegou.
— Mande subir. - autorizo com a voz rouca.
Este quarto de hotel no centro da Sicília deixou de ser usado por mim desde que vi Victoria pela primeira vez, quando parei de trazer até aqui as mulheres que fodia casualmente, porque eu simplesmente não conseguia pensar em mais nada se não ela, qualquer outra que tentou se atirar em mim ou me tocar não pareceu minimamente atraente quando comparado a ela, ao seu corpo, sua beleza, sua voz, seu cheiro característico e seus trejeitos.
Hoje vou deixar de agir como um maldito adolescente sendo perseguido por sonhos eróticos e masturbação, deixar de ser um refém da minha atração fatal por Victoria Barone.
Desvencilho dos pensamentos ao ir atender a porta quando me dou conta de que as batidas estavam insist