32. Um novo clã.
Connor
Por um momento, ninguém se move. Nem respira. Os soldados estão divididos: metade ergue as lanças contra nós, a outra hesita, trocando olhares entre si como se esperassem uma ordem diferente, qualquer sinal de que aquilo era um teste. Uma última chance de redenção.
Mas não era.
O olhar do meu pai é puro veneno. Ele já havia nos condenado.
Meg se posiciona ao meu lado, tomando o lugar de Hand, pressionando meu ferimento, com os olhos em chamas. Hand se transforma, seus músculos expandindo com o som de ossos quebrando, e a pelagem cinza tomando conta do corpo lupino, pronto para o combate. Mas ergo a mão, ainda fraco, ainda sangrando.
— Não… — respiro fundo. — Chega de guerra dentro da nossa casa.
Os olhos de Meg se voltam para mim. Os de Hand também.
— Mas eles querem nos prender, Connor! Você acha que vão simplesmente nos deixar sair? — Meg diz.
— Alguns sim — respondo, olhando nos olhos de um dos soldados da linha de frente, o qual tem a lança baixada. — Outros terão escolha.