Uma figura alta, envolta em sombras densas, começou a emergir. Seus olhos brilhavam como chamas, mas não havia calor neles. A intensidade daquele olhar parecia atravessar Althea, expondo todas as suas incertezas e medos. A presença era esmagadora, como se o ar ao redor dela fosse engolido pela entidade.
— Quem é você? — Althea tentou falar, mas sua voz saiu fraca, quase inaudível.
A figura não respondeu de imediato. Em vez disso, continuou a observá-la, como se estudasse cada fibra da alma de Althea. Quando finalmente falou, sua voz ecoou como um trovão distante, profunda e reverberante, mas sem emoção.
— Você caminha entre mundos sem saber o que guarda dentro de si.
O chão sob seus pés parecia instável, como se estivesse flutuando em uma teia de luz e sombras. Althea deu um passo para trás, o corpo rígido pela tensão.
— O que você quer? — Ela perguntou, forçando sua voz a soar firme, embora sua determinação vacilasse sob o peso daquela presença.
A entidade inclinou a cabeça, e as som