O silêncio da caverna foi quebrado pelo som de passos. Miralen surgiu da escuridão, trazendo consigo um prato de comida. Seu olhar se afilou ao ver que Althea não havia tocado na refeição da noite anterior.
— Que desperdício — ela disse, a voz carregada de irritação. — Você sabe que seus filhotes precisam se alimentar.
Althea ergueu o olhar, firme, e respondeu com serenidade calculada:
— Meu espírito não pode suportar os grilhões. Estar presa me enfraquece. Como você espera que eu me alimente com essas correntes pesando em meus punhos?
Ela disse isso com naturalidade, sua mente trabalhando rápido. Se conseguisse sair daquela masmorra improvisada, teria melhores chances de fuga ou de ser resgatada por Eryon. Miralen, no entanto, riu com escárnio.
— Você fala como se fosse uma princesa de Kalyndor — zombou, cruzando os braços. — Mas não passa de uma cadela sarnenta. Seu único valor está no bem-estar dos bebês.
A raiva subiu quente dentro de Althea. Com um movimento brusco, ela chutou o