O quarto que Miralen reservou para Althea era frio e austero. A coruja sinistra continuava vigiando-a de seu poleiro, e a corrente dourada no pulso de Althea brilhava, lembrando-a de que estava longe de ser livre.
Determinada, Althea sabia que Miralen jamais deixaria a Pedra de Nythar ao seu alcance, mas precisava tentar algo. Seus olhos recaíram sobre a ave, que a observava incansavelmente. Miralen poderia estar ocupada, mas aquele animal certamente sinalizaria qualquer deslize.
Ela respirou fundo e fechou os olhos, focando-se na corrente dourada que a ligava à bruxa. A magia pulsava, mas Althea sentiu pequenas variações na energia— brechas quase imperceptíveis. Se conseguisse manipulá-las, talvez conseguisse estender seu alcance além do quarto.
Althea levou a mão ao medalhão que repousava contra seu peito. A herança de seu pai sempre a conectara à magia da lua, e já provara ter poderes ocultos. Fechando os olhos, concentrou-se na energia do artefato, tentando canalizá-la sem alertar