Isabella apertou os punhos, e Rafael percebeu o rubor em seu rosto.
— A fazenda está bem cuidada. Eu e Isabella damos conta. — respondeu Seu Anselmo, firme.
Álvaro sorriu, mas o sorriso não chegava aos olhos.
— É claro, é claro. Só que... uma propriedade desse tamanho exige braço forte, gente de confiança. — olhou de relance para Rafael, como se o analisasse de cima a baixo — Esse aí é quem está ajudando agora?
Rafael sentiu o peso do olhar e tentou manter-se firme.
— Rafael. Estou aqui para trabalhar. — respondeu, sem recuar.
Álvaro deu uma risada curta.
— Trabalhar... certo. Vamos ver se aguenta o ritmo de verdade.
Isabella deu um passo à frente, o olhar faiscando.
— Ele tem feito mais do que muito homem que já passou por aqui, Álvaro. Não precisa duvidar.
O primo arqueou a sobrancelha, surpreso com a firmeza dela.
— Sempre com essa língua afiada, prima. Igualzinha à sua mãe.
Seu Anselmo interrompeu, batendo a bengala contra o chão.
— Chega. Se veio pra arrumar confusão,