Dominic Lexington
Depois de dois dias em que fui recusado e senti o meu mundo desmoronar, cá estava eu, sentado num restaurante típico italiano, tranquilo, esperando meus dois irmãos chegarem.
Eu não precisava de aprovação de qualquer um deles para a minha decisão, e, no entanto, senti que devia explicações. Especialmente depois de ter causado um verdadeiro inferno ao procurar minha noiva fugitiva.
Nervoso, abri o bolso e deslizei um charuto, que acendi na sequência. Passei a observar a paisagem, enquanto apreciava o conhaque que descia queimando a minha garganta, exatamente como a fumaça do charuto fazia às vezes. É claro que todo esse teatro também deixava o meu peito apertado, porra. Eu estava aqui fingindo que recebia a permissão de um noivo do passado da minha mulher, quando, na verdade, eu nunca a deixaria ir. Eu era um desgraçado frio, e ela devia ter acreditado nas minhas mensagens quando ainda se casaria comigo, no entanto, acreditar que eu a alertei não melhorava a minha