Baby Ortiz
O que ele queria dizer? Qual era o sentido sobre eu não ser todo mundo? Eu não sabia se tinha entendido muito bem, mas preferi criar cenários onde aquilo era um elogio, por que, por deus, eu não aguentaria uma crítica hoje. Não quando estava sendo tão sensível ultimamente.
Meus olhos encheram de lágrimas. Droga, droga, droga!
Se controla...
— Tudo bem? – Ele estava olhando para o cardápio, e me encarou por um milésimo de segundo antes de baixar a cabeça e encarar as letras no papel novamente. Eu vi o instante exato em que ele percebeu que eu não estava bem, e me encarou ao erguer a cabeça tão depressa, que se fosse eu, teria vomitado de tão tonta. – Baby? Merda, você está chorando?
— Não. – Limpei o canto dos olhos antes que algo fosse capaz de escapar. Eu tinha que ser forte agora. Eu sempre fui, certo?
— Bebê, o que eu fiz? — As sobrancelhas dele estavam praticamente unidas.
— Nada. – Afirmei, e era verdade. – Eu só estou um pouco sensível.
— Algo em que eu possa ajuda