Baby Ortiz
Tudo estava escuro ao meu redor quando abri meus olhos, no entanto, havia uma fresta entrando por baixo da porta, que me fez reconhecer o ambiente assim que minha consciência realmente voltou para o meu corpo. Me levantei, talvez rápido demais, por que comecei a sentir uma tontura me derrubar. Então, coloquei as mãos para apoiar meu corpo nas laterais da cama macia. Eu só podia estar vivendo em um pesadelo.
Por favor, que não seja real.
— Não seja real... – Deixei escapar o murmúrio como se tivesse ganhado vida própria no quarto.
Uma sombra se mexeu num canto do quarto, o que me deixou apreensiva. Forcei minha visão para encarar a figura que começou a se inclinar um pouco para frente, e prestando bastante atenção, eu podia ver que ele tinha um copo na mão agora.
— O que não é real? — A voz soou amarga, quase em desaprovação.
Não fui capaz de dar qualquer resposta, então continuei apenas encarando aquela pessoa na escuridão, me lembrando de cada detalhe que eu ignorei enq