Algumas horas se passam na festa. James foi embora logo após nossa conversa, e eu saí algum tempo depois. Enquanto dirijo a caminhonete, uma música toca direto do pendrive da minha mãe, um country romântico, quase melancólico demais para o momento.
Respiro fundo, mantendo os olhos na estrada, mas antes que possa avançar, vejo algo que me faz pisar no freio de imediato. Um cavalo está caído no meio do asfalto, a pata presa em uma armadilha para lobos. Ele relincha de dor, e meu coração aperta. Droga, vou ter que ajudá-lo.
Paro a caminhonete no acostamento e analiso a situação. Sua pata está machucada, mas, para piorar, minha mão ainda está inchada e dolorida. Observo o animal com cautela; não faço ideia de quem seja o dono, mas ele parece manso. Vou até a caminhonete e pego uma das cordas usadas para prender a carroceria, amarrando-a ao redor dele para evitar que fuja assim que estiver livre.
Em seguida, posiciono minha bota sobre a armadilha e forço com todo o peso do corpo. O me