— Ah, está falando sobre o caso do seu pai adotivo? Eu ouvi falar. — Marta comentou com tranquilidade, sem demonstrar surpresa. — Tem muita gente falando sobre isso por aí, mas eu te conheço há tempo suficiente para saber que tipo de pessoa você é.
A voz de Marta continuava serena, mas Zara sentiu algo quente se espalhar em seu peito, como se, pouco a pouco, aquecesse seu coração. Sem conseguir evitar, apertou as mãos com força e respondeu baixinho:
— Obrigada.
— Bom, agora que terminamos de falar sobre você e Orson, vamos ao que interessa: minha vez. — Marta mudou de assunto abruptamente. — Hoje, eu que preciso te agradecer.
— Eu… Não precisa agradecer.
O olhar confuso de Zara fez Marta rir.
— O que foi? Te assustei?
— Não… Só me pegou de surpresa.
— Surpresa por quê? Porque está acostumada a me ver apenas como a mãe do Orson e esqueceu que, antes de qualquer coisa, também sou uma mulher?
Zara hesitou, sem saber como responder. Abaixou os olhos, refletindo por um momento, antes de per