đ„đ„ CapĂtulo 82â PĂłs-Guerra. PĂłs-Gozo. PĂłs-Rendição.
O silĂȘncio.
O maldito silĂȘncio.
Aquele silĂȘncio que nĂŁo Ă© paz.
Ă alerta.
Ă o tipo de silĂȘncio que sĂł vem depois de dois corpos serem destruĂdos um pelo outro.
Pele marcada.
Cabelos bagunçados.
Perfume misturado com cheiro de sexo, de suor, de guerra vencida e de territĂłrio dominado.
âž»
Valentina tĂĄ jogada na mesa.
Cotovelo apoiado.
MĂŁo segurando os cabelos pra cima.
Respiração descompassada.
Perna ainda trĂȘmula.
Dante tå de pé.
AtrĂĄs dela.
MĂŁos na bancada.
Cabeça baixa.
Maxilar travado.
Peito subindo e descendo como quem acabou de correr de uma explosĂŁo â ou criar uma.
âž»
Ele puxa ela pela cintura.
Faz ela virar.
E, pela primeira vez⊠não é brutal.
Ă possessivo.
Ă mais perigoso ainda.
Segura no queixo dela.
Faz ela olhar pra ele.
â Vem cå⊠â voz rouca, grave, arranhada de desejo mal terminado. â Olha bem pra mim, ruiva.
Ela levanta o olhar.
NĂŁo com desafio.
NĂŁo com submissĂŁo.
Mas com aquela mistura maldita de mulher que se acha dona do próprio mundo⊠e per