A noite caiu sobre o mundo com um silêncio estranho, pesado. O céu estava limpo, mas a lua — aquela que tanto guiara os Lycans em sua jornada — aparecia diferente. Maior. Mais vermelha. Como se sangrasse com a dor de tudo que estava por vir.
Lia e Etan sabiam: o culto dos Gêmeos da Lua estava preparando o ritual final.
— Eles pretendem abrir um rasgo entre os mundos — explicou Miriam. — Destruir o véu que separa os humanos dos primais. Acreditam que isso purificará a Terra.
— E matar todos nós no processo — completou Rune.
Etan apertou a mão de Lia. Sua voz agora era mais firme, mais viva. Ele não era mais o humano indefeso, nem o recipiente da entidade. Era algo novo. E Lia sentia isso. Juntos, eram mais do que dois.
— Se formos, não tem volta — disse ela.
— Mas se não formos… o mundo acaba — ele respondeu, com um meio sorriso.
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O Santuário da Lua Partida
Seguindo vestígios de energia primal, o grupo chegou ao que restava de um antigo templo no alto das Montanhas de Nix. Ali, os G