O ar não se movia.
Quando Lia, Etan, Rune, Elian e Miriam adentraram a clareira que dava entrada à Floresta do Silêncio, foi como se tivessem ultrapassado o limite do mundo. Cada passo parecia pesar mais que o anterior. A vegetação era densa, mas não pela presença de galhos ou folhas — era a sensação. Uma pressão invisível que os envolvia, como se o próprio espaço estivesse vivo.
O som havia desaparecido. Não havia canto de pássaros, nem o farfalhar das folhas. Até mesmo a respiração parecia abafada.
Etan apertou os olhos. Podia ouvir… algo. Um fio de melodia, tênue, ancestral, que parecia puxá-lo para o interior daquela mata encantada — ou amaldiçoada.
Lia caminhava ao seu lado, a mão sempre próxima à lâmina presa à cintura. Seus olhos estavam atentos, mas também cansados. A jornada cobrava um preço alto, e não apenas físico.
— Se essa floresta realmente tem o poder de selar a entidade — pensou —, talvez também tenha o poder de destruir Etan.
---
A Distorção
Logo, perceberam que o te