A marcha rumo ao Sul foi longa, lenta e cheia de silêncios. O frio cortava as peles grossas dos guerreiros Lycans, e o medo escorria pelos rostos mesmo dos mais valentes. Algo no ar do caminho parecia... errado. Como se os próprios ventos sussurrassem palavras proibidas.
Etan seguia no centro da formação, ao lado de Lia. O pergaminho da Canção Proibida estava guardado em sua mochila, mas sua mente o repetia em ritmo obsessivo. Aqueles acordes ecoavam como presságios em seus sonhos.
— Você está calado — observou Lia. — Mais do que o normal.
— É a canção... — respondeu. — Ela quer ser cantada. Mesmo quando não estou pensando nela, ela... me persegue. Sinto que ela me chama.
— Talvez essa seja a armadilha — disse Elian, montado à frente. — Nem tudo que brilha é salvação. Às vezes, a melodia mais bela é também o lamento de uma alma condenada.
O grupo avançava por colinas sombrias e florestas que pareciam apodrecer sob os pés. Miriam sentia as raízes da terra chorarem, e Rune, o jovem feit