O sol nasceu silencioso sobre Silvermoor, como se respeitasse o luto e a vitória daquele povo. O campo ainda estava marcado pelos vestígios da batalha: sangue, cinzas e armaduras quebradas. Mas havia também flores desabrochando entre os corpos caídos. A natureza, como sempre, insistia em renascer.
Lia estava de pé sobre a colina onde derrotara Thorne. O vento brincava com seus cabelos dourados, agora manchados de fuligem e suor. Mas seus olhos estavam firmes — um azul, um verde — olhando para o futuro.
— Ele foi enterrado com os ritos antigos — disse Miriam, aproximando-se com sua bengala. — Ainda que corrompido, Thorne foi parte da nossa linhagem.
Lia assentiu.
— E aqueles que caíram por ele, também devem ser lembrados. Para que não voltemos a esse erro.
Miriam sorriu com pesar.
— A jovem loba agora fala como Alfa.
Lia desviou o olhar.
— Ainda há muito a curar.
— E é por isso que será uma grande Alfa.
---
No coração de Silvermoor, Etan se recuperava lentamente. Os ferimentos eram pro