A lua cheia nasceu entre nuvens densas e silenciosas naquela noite, tingida de vermelho como se banhada em sangue. As florestas estavam quietas demais, como se até os animais sentissem que algo se aproximava. Lia estava na varanda da torre principal da Vigília, observando o horizonte com os olhos alertas. A calma que conquistaram com tanto esforço, após as alianças com os clãs neutros, agora parecia ameaçada pela sombra da guerra.

— Estão vindo? — perguntou Etan, surgindo atrás dela, os olhos ainda com vestígios de esperança.

Lia assentiu lentamente.

— Sim. Helena captou mensagens interceptadas entre os espiões da floresta. Os Sombrios estão em marcha. E vêm com mais força do que esperávamos.

Etan apoiou as mãos no parapeito.

— Então é agora. A última canção?

Ela o olhou de lado.

— Ou a primeira de uma nova era. Depende de como cantarmos.

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O salão de pedra do Conselho estava lotado. Guerrilheiros da Vigília, enviados dos clãs aliados, anciões, jovens e velhos. Todos olhavam para Li