A voz dele era grave, carregada de deboche. Tentei encará-lo com firmeza, mas minha garganta travou.
— Quem é você? O que quer de mim? — Perguntei tentando recuperar o folêgo.
Ele sorriu de lado, um sorriso que não tinha nada de amistoso.
— Não sou eu que quero alguma coisa. Só estou cumprindo ordens.
— Ordens de quem? — minha voz saiu mais firme do que eu esperava.
— Ah… — ele agachou-se na minha frente, segurando meu queixo com força. — Isso você vai descobrir na hora certa princesa.
Afastei o rosto, o nojo me dominando. Ele riu baixo e se levantou.
— Vai ser divertido. Mas, por enquanto, só quero que entenda que ninguém sabe onde você está. E mesmo que soubessem, não chegariam a tempo.
O peso das palavras dele caiu sobre mim como um soco. Minha mente foi imediatamente para Dante. Será que ele já sabia que eu estava desaparecida? Será que ele estava me procurando?
O homem se aproximou da porta, mas parou antes de sair.
— Se eu fosse você, descansaria. Você vai precisar de forças.
A