Dante Morelli
O relógio marcava quase meia-noite quando percebi que havia algo errado. Beatrice não atendia minhas ligações. Três mensagens enviadas, nenhuma visualizada. Primeiro, tentei me convencer de que ela só precisava de espaço depois da nossa discussão. Mas quando liguei para Lívia e ela disse que também não conseguia contato, meu estômago se revirou.
Peguei o carro e fui direto para a casa dela. Os seguranças disseram que ela não havia voltado.
A angústia se transformou em uma dor física no peito. Liguei para minha equipe e rastreamos o carro. O sinal indicava uma praça afastada, mas, ao chegar lá, só encontrei o carro dela.
Andando pelo parque encontrei as suas chaves e seu celular jogados perto de um banco.
— Droga… — murmurei, fechando os olhos por um instante para conter o pânico.
Olhei ao redor. O local estava deserto. As câmeras de segurança da rua pareciam antigas, e eu já sabia que teria que recorrer a contatos para conseguir as imagens.
Liguei para um velho amigo da