(( Dante ))
O cheiro de pólvora ainda estava no ar.A casa dos Montanari, antes muralha, agora era um campo de ecos. Os estilhaços da batalha recente pareciam ter se cravado em cada parede, em cada olhar, em cada silêncio. Nossos homens, os que restaram, se livraram dos corpos espalhados pela mansão, após a batalha.Vittorio Montanari, meu pai, havia morrido. Não dormindo. Não rendido. Morreu como viveu, com a cabeça erguida, o sangue ardendo como fogo, protegendo o que amava, protegendo sua família.A batalha contra os Rossi foi uma noite que nenhum de nós esqueceria. Eles vieram como sombras, silenciosos e impiedosos, querendo o sangue de Anna e de Vitória. Queriam extinguir a linhagem proibida, a semente de um novo tempo que nascia da união entre luz e escuridão. Mas não contavam com a força de uma família que aprendeu a amar no meio do caos.Lutamos lado a lado. Eu, Enzo, Anna. Ombro a ombro. Coração com coração. Vi o fogo nos olhos d