Os dias que seguiram à batalha foram estranhos. Tudo parecia ao mesmo tempo lento e urgente. O ar tinha cheiro de terra revirada, de sangue ressecado e de flores cortadas antes do tempo. A mansão Montanari estava em silêncio, mas não era o silêncio da paz. Era o silêncio da perda, do luto e da promessa não dita de vingança.
Os muros que haviam sido destruídos. Estavam sendo erguidos de novo, pedra por pedra, sob vigilância constante. O portão principal, sempre imponente, agora retorcido como se tivesse sido esmagado pelas mãos do próprio inferno. Mas não era só a casa que precisava ser reconstruída. Nós também.
Vittorio tinha partido.
Partido como viveu, lutando. Protegendo. Amando à sua maneira silenciosa.
Durante dias, não consegui falar com ninguém. Apenas olhava para minha filha e para os olhos dos homens que dividiam comigo o amor e o destino. Dante e Enzo. Um irmão e um amante, ambos meus pilares. E eu, que havia entrado naquela família sem saber de onde vinha, agora me via tent