Narrado por Anya Petrova
A música ainda tocava baixinho, e mesmo depois do último acorde, nós permanecemos ali. Enlaçados. O corpo dele colado no meu, quente, sólido, seguro. A mão dele desceu devagar pelas minhas costas até encontrar minha cintura. Não houve pressa. Só aquele silêncio bonito que fica quando duas pessoas estão exatamente onde querem estar.
Dmitri encostou a testa na minha, respirou fundo e sussurrou contra minha boca.
Dmitri:
Você é meu refúgio, Anya.
Não consegui responder. Só o beijei. Dessa vez mais firme, mais entregue, mais intenso.
As mãos dele seguraram meu rosto com delicadeza, os dedos percorrendo minha pele como se quisessem memorizar cada traço. A boca dele explorava a minha com fome e cuidado ao mesmo tempo. Quando me afastei só o suficiente para olhar nos olhos dele, sussurrei:
— Me leva pra cama, Dmitri.
Ele não disse nada. Apenas me pegou no colo. Com facilidade, como se eu fosse leve demais para o peso que carrego no peito. Me carregou de volta para de