Narrado por Anya Petrova
A viagem foi longa, mas quando o avião pousou e as portas se abriram, meu coração disparou. A brisa quente e perfumada do mar da Grécia invadiu meus pulmões, trazendo uma sensação de liberdade que eu não sentia havia anos.
Do lado de fora, o céu estava pintado de tons alaranjados pelo pôr do sol, e a ilha diante de nós parecia saída de um sonho. Casas brancas com janelas azuis, ruas de pedra estreitas, buganvílias colorindo as varandas. Era tudo tão perfeito que eu não sabia se estava mesmo acordada.
Dmitri caminhava ao meu lado, imponente como sempre, mas eu percebia o canto da boca dele erguido em um sorriso contido, como se ver minha reação fosse mais prazeroso do que o próprio lugar.
Entramos no carro que nos aguardava, e em poucos minutos estávamos percorrendo as ruas da ilha. Cada curva revelava uma paisagem ainda mais deslumbrante: praias de águas cristalinas, barcos balançando suavemente no porto, pessoas sorrindo pelas calçadas iluminadas por luzes de