Elias ia abrir a porta de casa quando ouviu o barulho da madeira que reclamava. Olhou para o lado e viu a mulher que se levantava do banco onde estava na varanda. Seu coração quase disparou — de susto ou de ânsia. Ele não sabia dizer exatamente o que foi que o deixou meio que sem ação naquele momento.
A mulher que ali se sentava já há horas se dirigiu a ele, em passos hesitantes e meio acanhados.
— Oi. — Disse num suspiro.
— Fátima, estás a perder o teu tempo. Volta amanhã. — Ele abriu a porta e ia entrar, quando ela segurou a sua mão.
— Me ouve. Não é o que pensas. — Fátima tentou explicar para o homem impassível.
— E o que é que eu estou a pensar?
— Que eu voltei para o Yahya. Eu não voltei com ele. — Fátima esclareceu, sabendo de antemão que não seria fácil fazê-lo entender. Quero dizer, voltei com ele sim. E preciso que me dês o talaq quanto antes.
— Não. — respondeu mais serio do que nunca. —Eu não te darei talaq. — No seu olhar tinha uma firmeza irreverente, Fátima não ia consegu