Elias estava encostado na parede com a cabeça baixa; afastara-se do acampamento na esperança de encontrar algum sossego, mas esse não demorou muito. Sussurros indiscretos atrás de si podiam ser ouvidos. Olhou para cima e viu duas meninas que se penduravam no muro, o observando. Como chegaram ali em cima, só Deus sabe; provavelmente pela árvore encostada à mesma parede.
— Olá! — disse uma delas, olhando para ele cheia de atitude.
— Oi! — Elias sorriu amigavelmente. Sua barba já tomava grande proporção no rosto, e o cabelo não estava mais tão bem cuidado. As longas horas de trabalho se refletiam nas olheiras profundas. Ainda assim, a simpatia e paciência não esvaneciam. — O que fazem aqui? — perguntou.
— Brincar! — respondeu a menina, como se fosse óbvio. — E tu, o que fazes aqui?
— Estavas a chorar? — perguntou a segunda, sem nenhuma discrição. Elias pôs as mãos na cintura e olhou para as duas intrometidas, que apenas imitavam sua expressão facial.
— Nunca ouviu falar que homem não cho