Foi só Selsebil sair, e Fátima já estava a caminho da casa de Elias. Precisava de respostas. Precisava saber quem era aquela mulher — e quem era, de fato, ele. Podia até não ter o direito, afinal, o que eles tinham era um acordo. Um contrato. Mas... também não conseguia aceitar que estivesse ali só para preencher o tempo dele. Tinha de saber se era a "esposa número dois", ainda que de fachada.
Parou em frente à porta. Ia bater, mas hesitou.
“Que estou a fazer aqui?”
Antes que pudesse decidir, a porta se abriu. Elias apareceu com aquele sorriso tranquilo de sempre, que a desarmava — e a irritava profundamente por isso.
— Oi. — cumprimentou, genuinamente feliz de vê-la.
Fátima entrou sem cerimônias, com cara de quem veio para discutir. Elias notou. Sentiu. Mas não comentou.
— Quer beber alguma coisa?
— Por que não me disseste que eras casado? — disparou. — Aquela loira… é tua esposa, não é? — cruzou os braços. — Parece que tens mesmo um gosto por mulheres mais velhas.
Elias piscou. Por