Elias não fazia ideia de onde ela podia ter ido. A noite estava fria e a cidade começava a silenciar.
Andou pelas ruas em volta do hotel, perguntando a quem cruzava o caminho se a avistaram. E nada, sumiu como fumaça no ar. A sua aflição somente crescia, se alguma coisa acontece com ela, ele não se perdoaria. Já teve um tostão de alguém se machucar por sua conta. Se ele voltasse a viver aquelas emoções, não sabe se aguentaria.
Acabou chegando ao cais, e se sentou fazendo uma prece silenciosa. Um ponto turístico, iluminado por faróis suaves, onde casais vinham para ver o pôr do sol ou, mais raramente, a aurora. Agora, o mar era um espelho negro, refletindo o céu, as lâmpadas e estrelas.
Foi então que a viu.
Uma mulher parada, imóvel, com os pés dentro d’água, os sapatos na mão. Olhava para o horizonte azul-escuro onde o céu tocava o mar.
O corpo dele gelou por um segundo, baixou sua cabeça respirando fundo de alívio. Ela parecia tão pequena ali, e ao mesmo tempo monumental. Quando ela