Fátima entrou no restaurante vestindo pantalonas pretas e uma blusa branca de mangas largas. Nada muito formal, mas com ela, até o despretensioso parecia serio. Elias, já sentado, ergueu-se de imediato.
— Demorou, mas valeu a espera. — comentou, puxando a cadeira para ela sentar. — Está linda.
Ela apenas esboçou um sorriso impassível antes de se sentar.
— Não sabia bem o que vestir. — disse. Ao perceber o brilho no olhar dele, completou, seca: — Não se ache. Não trouxe nada mais social.
— E não precisa. — deu um leve sorriso. — Pra ser sincero, prefiro-te sem nada mesmo.
— Cala a boca. — sussurrou, lançando-lhe um olhar carregado de constrangimento.
— Juro. E não sou só eu. Qualquer homem pensaria o mesmo.
— E tu achas que tens o monopólio da honestidade?
Ele riu, divertido.
— Devias sorrir mais.
— Não me peça isso. — respondeu, séria. — Vamos deixar claro desde já: sem comentários estereotipados. Sou negra, mas não sei dançar. Não sou exótica. Não sou um tempero.
— Mas és. — responde