2 meses depois.
Passei praticamente a noite toda rolando na cama, sem conseguir dormir, ou ao menos relaxar. Estava aterrorizada com o que aquele homem faria conosco por causa do golpe da barriga que estávamos aplicando nele. Eu via, em seus olhos gélidos, que ele era capaz de tudo, talvez até de matar. Quando a sua paternidade se confirmasse, o que aconteceria em poucas horas, minha mãe e eu estaríamos nos braços da sorte, correndo sério risco de perdermos nossas vidas. Como ela podia não enxergar isso? Como era capaz de aprontar para cima de um homem tão perigoso como aquele? Estava escrito, na sua expressão, que ele não tinha alma, nem coração. Suas atitudes com os moradores da fazenda sobre a qual construía seu oleoduto, também diziam isso.
Se, pelo menos, eu não fosse uma covarde e tivesse tido coragem de tirar a criança, mas fui estúpida o bastante para me apegar a essa vida que crescia dentro de mim. Embora ele ainda tivesse o tamanho de um grão de feijão, eu já o amava, seria