Quando acordou, Delancy estava em seu quarto. Piscou algumas vezes, confusa, com o corpo pesado e a cabeça latejando. Ela olhou ao redor, ainda sonolenta, até que se sentou de súbito. Isla estava ali, sentada na poltrona ao lado da cama, observando-a com um sorriso calmo e assustadoramente satisfeito. "Que bom que acordou, meu amor", disse ela, como se fosse uma manhã qualquer.Delancy piscou, tentando afastar o torpor da mente, mas fragmentos da madrugada anterior voltaram como flashes: a tontura repentina, a voz da mãe ao fundo, escuridão. "O que aconteceu?", perguntou com a voz rouca, quase um sussurro.Mas, no fundo, ela já sabia. A verdade estava marcada em seu corpo, em uma ardência sutil e incômoda entre as pernas. A lembrança da seringa, da camisinha. Seu corpo parecia diferente, invadido, e embora fosse cedo demais, uma certeza gelada tomava conta de sua mente… ela podia estar grávida.Virgem e grávida de um completo desconhecido. Era o tipo de tragédia absurda que nem mesm
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