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Fazia pouco tempo que eu havia encerrado a reunião, quando Rosilene bateu à porta para avisar que eu tinha uma visita. Era Silvana, filha de Arnold com sua falecida esposa, minha meiairmã.

— Pode mandar entrar — ordenei.

Logo em seguida Silvana avançou pelo recinto, esbanjando sensualidade, como sempre fazia quando nos encontrávamos.

Naquela tarde usava um vestido curto e colado da mesma cor de sua pele morena, seus densos cabelos castanho-claros caíam sobre ombros e sua boca estava pintada de vermelho. Vivia flertando comigo, sem ter ideia de que éramos irmãos, de que nosso maldito pai deixava sua mãe dormindo no quarto e se mudava para a cama da minha mãe, a cozinheira da fazenda, na calada da madrugada, sem que ninguém desconfiasse de nada.

— Liam, há quanto tempo! Como você está? — indagou com aquele tom de voz frágil, que me parecia forçado.

Desde que comecei a construção do oleoduto, ela me visitava periodicamente, me implorando, tentando me fazer desistir dos meus planos, ao me
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